24 de ago. de 2009

Coração chega a doer de tanto que bate, tremedeira no corpo todo, incontrolável, respiração sôfrega, mãos suadas....vermelho...e mais vermelho...e mais vermelho...e mais, e mais.... muito mais....
Prazer.

16 de ago. de 2009

"Hoje é aniversário de alguém importante para mim ...mas que eu não me lembro quem é. Verei no meu orkut."
Vida moderna?
"Desafiar os nossos limites e dar limites aos que não querem desafiar os próprios limites."
Frase maravilhosa de uma milenar que sintetiza o que minha verborragia não permitiu. Maravilha!

REFLEXÃO
A consciência de que se "finge", ou consciência de saber que nunca se esgota o conhecimento de si mesmo, as possibilidades de si mesmo. Fingir fora do sentido pior. Fingir no sentido de conhecer paulatinamente partes que compõe nosso ser, nossa essência real. Será que ela existe? Será que é comum a todos os seres? Somos o que podemos ser, o que procuramos ser, o que conseguimos ser. Corajosos e sábios são os que percebem os fingimentos ou ilusões que limitam ou simplesmente moldam o que refletem, e que, mesmo assustados com as ilusões próprias, saem em busca de "fingimentos" mais nobres, melhores, mais úteis a si e aos outros. Postura ativa e sensível. Ainda em reflexão. Nenhum conceito está fechado, expressá-lo não significa limitá-lo. Conceitos lançados são apenas conceitos, sempre e necessariamente abertos à concordâncias ou discordâncias. E ainda assim, serão apenas mutáveis conceitos. A busca. Ela me interessa. Fingir é ser incapaz, ou ignorante, e isso não precisa ser cruel. Podemos fingir não conseguirmos pois não conhecemos nosso potencial, podemos fingir não amar pois temos medo, podemos fingir não fazer o bem pois desconhecemos o infinito prazer disso. Sei lá... apenas questões. Nada fechado, definido, hermético. Nada.
Quis acordar e sair correndo de casa, quis qualquer lugar com sol ou não, um lugar longe do lar, da cama, do café. Quis acordar e ligar para qualquer pessoa(mas não o fez, ainda bem), quis passear com a desconhecida do elevador que parecia querer sair correndo também. Fones de ouvido para os que desejam se isolar de si ou se aproximar de si. Noites acumuladas de pesadelos reais: cair da Pedra da Gávea numa escalada ruim, sentir pelas costas o receio da amizade emburrecida, ter a casa demolida... o que isso significa? Quis sair correndo para entrar em contato com o externo, sair do ovo próprio que não estava fértil.
"Hoje é melhor não apostar". Não ao turfe de domingo, não à convivência forçada, não usar a companhia de ninguém para sua fuga íntima, pois quem ela quer é ela mesma, o lado dela que ela se diverte, que canta no banho, que se pinta, que fala sozinha coisas engraçadas zombando dela mesma, que ama e se diverte com quem ela é e com os pensamentos descartáveis, mas muito divertidos, que tem. Ouvira do amigo maduro na noite anterior passeando com cachorro e memórias: "Bem vinda à vida adulta. Agora transforme tudo em arte". E foi isso que ela fez. Dispensou o domingo de sol na praia, ou cachoreira, ou cavalos, e foi criar a expressão do que sentia. Quis sair correndo logo que acordou e foi o que fez. Ficou muito melhor assim.

15 de ago. de 2009


Não suporto mais as consequências da minha inútil e aborrecida incapacidade de dizer "não", dizer "não" não quando já se está de saco cheio, mas dizer "não" logo no início da folga e do abuso alheio. Estou intimando a mim mesma a arregalar os olhos para que esse ciclo não seja assim tão, tão, tão previsivelmente chato! A partir de hoje quero ser diferente, experimentar diferente, mesmo que no final eu chegue à conclusão de que não vale a pena. Mas nesse momento sinto que valerá, e muito. Gente folgada, moralista e abusada é difícil demais! Credo em cruz! Cresci com a síndrome católica da culpa, culpa por não ser boa, ser gentil, ser simpática, ser verdadeira, ser generosa, ser otária, ser...af, que arrogância! Chego à conclusão que essa maldita culpa católica não passa de arrogância e ignorância! Mal humor comigo mesma porque permiti que os outros me provocassem extremo, intenso, consumido mal humor. Cansei de ser feita e de me fazer de boba para todas as pessoas, para tudo, os astros, a energia, tudo que existe nesse lugar chamado universo e que existe enquanto eu também existo. Então se juntos existimos, que possamos conviver melhor. Minha atitude será essa: não mais me farei de boba, não fingirei que não percebo, que não sinto, que não vejo. Ao menos até alguém me tacar um troço na cabeça, pq sei que dizerem que não somos tão espertos o quanto achamos pode ser o início de uma guerra para o vaidoso, o cego de si. Pois sigo em frente e digo não ao abuso dos políticos preguiçosos que ficam com seus sorrisos estudados e suas conversas de nada sobre nada que nada resolvem e nada contribuem, não à polícia abusada que se acha rei de gente que paga o salário deles e rei de vidas, rei de coisa alguma(mal humor), não aos amigos que fingem carinho, tempo, amizade, gentileza e que no fim da festa fazem você pagar o taxi, a conta, levam seu amor e sua energia, não aos homens estúpidos e burros machos de nada nem de si mesmos, às mulheres repetitivas e cansativas jogando seus cabelos e colares pra lá e pra cá, não aos vizinhos barulhentos e mal educados, às pessoas cheias de valores na boca e de sujeira e preguiça nas nádegas, aos comerciantes que arredondam o troco para o ganho deles e de um em um centavo ele te rouba e fica milionário, não aos que não dão bom dia, não a mim mesma quando permaneço no ciclo de não dizer não para mim e para os outros e não aos desocupados infelizes que enchem o nosso saco!

Visto a roupa que quero, amplio os trajes que possuo das várias faces que podemos ter, parto para um destino escolhido agente que sou, lavo velhos vestidos da estação passada que ainda ficam bem, compro meias da moda, visto o que quiser, desde que eu esteja à caráter, à rigor! A roupa é minha, o conteúdo sou eu!

10 de ago. de 2009

Massa corrida, tintas, pincéis, água, baldes, cavalos, sorte, dinheiro, ausência de planos, surpresas, calma, términos, apostas, presença, começos, decisões, perdão, estranhamento, diálogo, abraço, vinho, falta de escuta, mar, restaurantes, cama, nudez, amigos, papéis, namoricos, gentilezas, ausências, objetivos, energia e tranquilidade.
Ando assim.

4 de ago. de 2009

Doce, a vida é um doce, vida é mel...



Devastamentos, poluição, lixo...Fala-se muito - e é preciso - sobre o caminho destrutivo que o planeta faz, mas falemos nesse instante sobre a construção de um mundo novo e espetacular! É tão profunda e mágica a força que renova o universo, a força que sementeia mulheres de corações valentes e justos para que toda humanidade continue a caminhar com vida e em direção ao sublime. Existe uma força que preserva o que é bom e que o multiplica para que o mundo continue vivo, ar renovado, novas forças, novas criações, novos corações. O fruto do que é lindo chama-se beleza. Mais frutos se preparam... aconchego... calor.

Era uma vez uma linda flor cheia de cor, seiva e raíz que, como fértil que era, lançou seu pólen pelo vento. O vento tornou-se brisa e mantendo suspenso no ar o pólen da flor, escolheu o tempo oportuno para distribuí-lo por todo jardim. A bela flor betonica corajosa, a mais generosa de todo jardim, contemplou em êxtase sua multiplicação madura e compreendeu que flores como ela eram necessárias, desejadas. Flores e mais flores vindas do pólen dela, a mais amorosa, eram necessárias para que outros que viessem pudesse compreender a definição da beleza e do amor. O dono do jardim possuía a lei fundamental, e a lei naquele lindo dia de calor era que o sol, os pássaros e a humanidade pudessem futuramente desfrutar do mel que betonica, a flor mãe, tinha.

Por insônia boa essa madrugada acordei às 4:30 com o coração inundado de esperança, flores, amor e mel... Mel para o amargo das bocas descrentes, mel para a amarga ausência de fé, mel para doces rosas, gérberas, acácias, betonicas, lírios da paz, cerejeiras frondosas. Dia 21 de setembro despertará a primavera e com ela todas as flores latentes. Um manto de mel cobrirá o planeta e todos os homens poderão banhar-se nas cores, na paz, na renovação. A primavera desponta numa primeira pétala que brota corajosa antes de todas as outras flores. Que flor corajosa será essa? Os meses dirão. É preciso esperar. Norte, sul ,leste, oeste, outono, inverno, primavera, verão e o Homem, dono de deus. Nove definidores do tempo comum. É preciso tempo. Nove meses, talvez. Que flor será a que despertará? A mais valente e bela pois é pela primeira que se criará a nascente do rio-mel que acordou do sono meu coração e que assim fará com toda humanidade. Uma pessoa, uma esperança pode mudar o planeta. Um homem e uma mulher podem fecundar o universo. Frutos, flores e filhos.

Aplausos para a constante estréia da vida!

*mais do que nunca desejo dublar os melhores filmes infantis... e a flor da foto é a espécie betonica.
"Porque esteticamente falando fica bom e isso basta..."
E aí o lado criativo fica em voga pautado por frases feitas que nada dizem para os que pensam e que tudo dizem para os ocos, opacos. Porque esteticamente tem muita gente usando roupa bonita e mas que por dentro cheira mal, pele e ossos feitos de matéria estranha. Esteticamente por si só é algo que não existe, porque o importante mesmo é o que toca, que chega perto, que aproxima, que comunica. Porque, meu bem, esteticamente falando urina, uísque e vinho branco podem ter o mesmo tom, mas se a gente fica perto o bastante para sentir o cheiro, ou perto o bastante para sentir o gosto, aí é que se vê a diferença. Então esteticamente falando o que preenche o vazio de tudo, dos homens, da arte, da vida é o que importa. Importa antes do esteticamente falando, que também é importante. Pero más importante para mí?...No.
Esteticamente belo é maravilhoso, mas tem que conectar, tem que aproximar, tem que ser esteticamente vivo. Mesmo estando morto. É tão óbvio que escrever sobre isso chega a ser esteticamente chato.
Deu um negócio bom aqui dentro pensar naquele homem me abraçando, imaginar seu perfume no meio do dia, no início da noite, os dedos dele nos meus como colar embolado difícil de arrumar... é bom acordar no meio da noite e vê-lo livre pela cama grande, tocando alguma parte do próprio corpo no meu ... só para não se perder de mim.
Tem cores que são vermelhas mesmo.

1 de ago. de 2009

Confissão sincera...
Estava eu num ponto de ônibus olhando fixamente para um lugar distante procurando minha bendita e amada mãe quando um rapaz de uns 20 e poucos anos se aproxima de mim e me pede um trocado. Eu não tinha o trocado, mesmo, então olho para ele e digo: "Não tenho, desculpe."
Volto meu olhar atento à procura de minha mãe e ele continua pedindo e eu negando, ele pedindo e eu negando. Ele vai embora.
Minutos depois o mesmo rapaz se aproxima e pede os trocados. Eu digo:"Olha, você já me pediu e eu disse que não tenho". Ele insiste o dobro das vezes da primeira vez e eu nego, e nego, e nego, tudo com muita educação mas já falando firme no final. Fico P da vida e entro no ônibus para não mandar o garoto tomar naquele lugar. Ele pede trocado para um senhor à minha frente uma única vez num tom completamente diferente, o senhor nega e ele vai embora.
Pôxa! Eu sei que a vida é cruel, que às vezes é difícil, mas aquele garoto me irritou mesmo! Como também me irritam esses garotos que jogam sabão no vidro dos carros das mulheres muito mais facilmente do que dos homens. Não pelo pedido, mas pela pelação só por ser uma mulher ali. Ou por sermos educadas, sei lá! Tem que ser "Sai pra lá caramba!"? Não acho isso mesmo. O fato de ser mulher dá o direito dos rapazes torrarem nosso saco, não nos ouvirem ou nos fazerem de bobas?! Não! Dias atrás trabalhando num lugar onde somente haviam homens vivi uma situação muito parecida. Isso tem me irritado e se eu não cuidar de "subir no ônibus" na hora certa vou acabar mandando algum marmanjo catar coquinho! Minha vontade foi falar "feito homem" ali e queiram os deuses que eu não precise fazer isso pois agora o que me causa o desejo é pura vontade de colocar esses abusados num lugar de respeito.
Tá, tô errada de achar que eu deva fazer isso dessa forma, mas ninguém é de ferro, não tenho sangue de barata e esse tipo de atitude está me dando nos nervos.
As mulheres ainda ganham salários mais baixos, apanham de covardes do gênero masculino, sofrem preconceito no trânsito, em esportes como o futebol(o mais nacional=nação de todos), no sexo, nas ruas, de outras mulheres ignorantes, etc... Amo os homens, faço por eles as coisas mais incríveis só para ver aquelas testosteronas felizes, mas tem horas que dá licença Sebastiana: é hora de ir pra cozinha e lavar um prato pra aprender a respeitar o ser humano mulher! Educação é sinal de educação. Nada mais!
Aff...