15 de ago. de 2009


Não suporto mais as consequências da minha inútil e aborrecida incapacidade de dizer "não", dizer "não" não quando já se está de saco cheio, mas dizer "não" logo no início da folga e do abuso alheio. Estou intimando a mim mesma a arregalar os olhos para que esse ciclo não seja assim tão, tão, tão previsivelmente chato! A partir de hoje quero ser diferente, experimentar diferente, mesmo que no final eu chegue à conclusão de que não vale a pena. Mas nesse momento sinto que valerá, e muito. Gente folgada, moralista e abusada é difícil demais! Credo em cruz! Cresci com a síndrome católica da culpa, culpa por não ser boa, ser gentil, ser simpática, ser verdadeira, ser generosa, ser otária, ser...af, que arrogância! Chego à conclusão que essa maldita culpa católica não passa de arrogância e ignorância! Mal humor comigo mesma porque permiti que os outros me provocassem extremo, intenso, consumido mal humor. Cansei de ser feita e de me fazer de boba para todas as pessoas, para tudo, os astros, a energia, tudo que existe nesse lugar chamado universo e que existe enquanto eu também existo. Então se juntos existimos, que possamos conviver melhor. Minha atitude será essa: não mais me farei de boba, não fingirei que não percebo, que não sinto, que não vejo. Ao menos até alguém me tacar um troço na cabeça, pq sei que dizerem que não somos tão espertos o quanto achamos pode ser o início de uma guerra para o vaidoso, o cego de si. Pois sigo em frente e digo não ao abuso dos políticos preguiçosos que ficam com seus sorrisos estudados e suas conversas de nada sobre nada que nada resolvem e nada contribuem, não à polícia abusada que se acha rei de gente que paga o salário deles e rei de vidas, rei de coisa alguma(mal humor), não aos amigos que fingem carinho, tempo, amizade, gentileza e que no fim da festa fazem você pagar o taxi, a conta, levam seu amor e sua energia, não aos homens estúpidos e burros machos de nada nem de si mesmos, às mulheres repetitivas e cansativas jogando seus cabelos e colares pra lá e pra cá, não aos vizinhos barulhentos e mal educados, às pessoas cheias de valores na boca e de sujeira e preguiça nas nádegas, aos comerciantes que arredondam o troco para o ganho deles e de um em um centavo ele te rouba e fica milionário, não aos que não dão bom dia, não a mim mesma quando permaneço no ciclo de não dizer não para mim e para os outros e não aos desocupados infelizes que enchem o nosso saco!

Visto a roupa que quero, amplio os trajes que possuo das várias faces que podemos ter, parto para um destino escolhido agente que sou, lavo velhos vestidos da estação passada que ainda ficam bem, compro meias da moda, visto o que quiser, desde que eu esteja à caráter, à rigor! A roupa é minha, o conteúdo sou eu!

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