16 de ago. de 2009


REFLEXÃO
A consciência de que se "finge", ou consciência de saber que nunca se esgota o conhecimento de si mesmo, as possibilidades de si mesmo. Fingir fora do sentido pior. Fingir no sentido de conhecer paulatinamente partes que compõe nosso ser, nossa essência real. Será que ela existe? Será que é comum a todos os seres? Somos o que podemos ser, o que procuramos ser, o que conseguimos ser. Corajosos e sábios são os que percebem os fingimentos ou ilusões que limitam ou simplesmente moldam o que refletem, e que, mesmo assustados com as ilusões próprias, saem em busca de "fingimentos" mais nobres, melhores, mais úteis a si e aos outros. Postura ativa e sensível. Ainda em reflexão. Nenhum conceito está fechado, expressá-lo não significa limitá-lo. Conceitos lançados são apenas conceitos, sempre e necessariamente abertos à concordâncias ou discordâncias. E ainda assim, serão apenas mutáveis conceitos. A busca. Ela me interessa. Fingir é ser incapaz, ou ignorante, e isso não precisa ser cruel. Podemos fingir não conseguirmos pois não conhecemos nosso potencial, podemos fingir não amar pois temos medo, podemos fingir não fazer o bem pois desconhecemos o infinito prazer disso. Sei lá... apenas questões. Nada fechado, definido, hermético. Nada.

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