26 de jul. de 2009


Mamãe eu quero!

Quero dublar esses desenhos educativos desses canais que ninguém assiste. Quero esses desenhos com curvas e mais curvas simples que não tem aqueles efeitos de desenhos "americanóides/orientalóides" onde os personagens tratam assuntos esquisitos e tremem os olhos com uma lágrima gigante rolando. Quero dublar desenhos para crianças! Desenhos que não seja interesse do mercado enlatar e explorar. Tudo pode ser uma sutil manipulação. Quero desenhos coloridíssíssimos! Cores lindas, variadas e fortes! Mamãe, eu quero dublar desenho animado do bom! Do bom para crianças! Mamãe, te amo! Vem ver desenho comigo!
* Esse à direita é o Peixonauta! Harry e o balde de dinossauros inspirou esse post!
Quando tudo se torna motivo de crítica, tudo fica muito, muito chato. Viva as coisas boas!
"Eu vou torcer pela paz, pela alegria, pelo amor, pelas coisas bonitas eu vou torcer, eu vou.
Pelo inverno, pelo sorriso, pela primavera, pela namorada, pelo verão, pelo céu azul, pelo outono, pela dignidade, pelo verde lindo desse mar.
Pelas coisas úteis que você pode comprar com 10 reais, pelo bem estar, pela compreensão, pela agricultura celeste, pelo meu irmão, pelo jardim da cidade, pela sugestão, pelo amigo que sofre do coração.
Eu vou torcer pela amizade, pelo céu azul, pela dignidade, pela tolerância, pela natureza, pelos meninos, pelas meninas.
Por mim, por você, eu vou torcer.Eu vou torcer!"

EU, PASSARINHA...
Voo pelo ar para sentir o vento que minhas asas são capazes de criar. Abro delicadamente o bico, saboreio a brisa fresca, sinto as penas balançaram-se, algumas ficam pelo caminho, brindes. Plano tranquila e pouso num belo lugar perto do mar. Sinto a maresia...e sonho...e entro em contato. O mais profundo contato. Plenitude e expansão. Alguém registra minha secreta metamorfose. Intimidade.

25 de jul. de 2009

Acordou no meio da noite, respirou fundo percebendo o sutil despertar sonolento e virou-se para o lado com seu corpo mole buscando aconchego e calor dos lençóis. Estava ao seu lado e notando o despertar dela, fez o mesmo movimento. Os lábios se aproximaram, a noite estava fria e o hálito quente e suave das bocas entrelaçaram-se como lâmpada de desejos sob percepção mútua. Os corpos movimentavam-se lentamente, quase silenciosos, aproximavam-se, as respirações tornavam-se cada vez mais densas, delicadas, pele atraída por pele, naturais, livres, decididas, leves. Suspiros. Os lábios se tocam sutis, os olhos ainda fechados, um sonho...suspiros... mais força, pressão de bocas, saliva, mais língua, mais suspiros, coração acelerado, respiração sôfrega, mãos, cabelos, sensibilidade, arrepios, ar, carícias, mais suspiros, frio, suor, universo, plenitude, músculos, prazer, mais suspiros, paixão, explosão, vida, amor, paz.
Mergulharam num mar quente.
"No fim da vida, a maioria dos homens percebe, surpreso, que viveu provisoriamente e que as coisas que largou como sem graça ou sem interesse eram, justamente, a vida. E assim, traído pela esperança, o homem dança nos braços da morte."
O Fabuloso Destino de Amelie Poulain
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Pintor: "Ela prefere imaginar uma relação com alguém ausente do que criar laços com aqueles que estão presentes."
Amelie: "Hummm, pelo contrário. Talvez faça de tudo para arrumar a vida dos outros."
Pintor: "E ela? E as suas desordens? Quem vai pôr em ordem?"

Deu uma vontade de escrever em primeira pessoa, falar sobre isso que acontece que me acorda às 5h da manhã sem dizer-me qual o problema. Peço licença pela forma grosseira e individualista de escrever, mas agora quero palavras somente de mim para mim. Claro, compartilho-as com vocês....mas o que me importa agora é:

"Querido Diário"

Tenho voltado a ter pensamentos que acredito serem inúteis e que com certeza fazem mal ao meu coração. Tenho voltado a lutar contra memórias e criações utópicas de um mundo ideal com pessoas que esse músculo aqui do lado direito julga serem as ideais. Meu coração é burro. Pobre dele. Pobre de mim? É que eu ainda amo querido diário, é que ainda amo...eu sei...eu não devia. Essa minha incompetência em aceitar o que me custa tão caro. Lembro-me, querido diário, daquele papo metáfora sobre coca e pepsi e hoje no almoço que aquece esse coração - lazanha da mamãe - bebi dois copos gelados de pepsi ligth. Foi bom. Com esse antigo papo metáfora batendo à porta veio-me uma dúvida: será que a pespi virou coca e a coca virou pepsi? Ou será que eu realmente prefiro coca à pepsi? Será que eu prefiro pepsi querido diário? Tomara, seria tão mais fácil. O mais fácil para mim é o mais difícil para a maioria das pessoas. E vice-versa. Faz parte do viver..."Deus não dá asa à cobra"

Ai querido, às vezes aquece tanto fazer-me de burra e louca, fingir coisas e futuros só para fugir do que meus olhos e corpo não se acostumam. Às vezes querido, dá uma saudade daqueles lençóis, daquele sol pela manhã, daquela xícara esquisita, daquela cidade babilônica do isolamento, daquela ausência e presença. Mas eu penso em outra coisa e tudo passa. Mais ou menos ... né. Mas eu continuo tentando fazer isso passar, eu só não sei o que é real mais, o que é melhor, o que eu quero. Eu não quero mais sofrer tudo que sofri diário, e é disso o que mais tenho medo. Tenho sido acordada por meus pensamentos que nem chegam, sou cutucada por dedos fantasmas que deleitam-se em me perturbar. Mas bloqueio memórias, raciocínios, retorno ao sono pois a recusa de sofrer pelo que não tenho será o sonífero mais forte que eu poderei suportar. Ainda bem.

"SONÍFERA ILHA, DESCANSA MEUS OLHOS, SOSSEGA MINHA BOCA, ME ENCHE DE LUZ"

23 de jul. de 2009

Agora sentada numa poltrona vermelha e macia tomando um Starbucks vendo o povo passar...trabalho entre prazeres, emails, blog, canetas, mãe, amiga, pão de queijo caaaaro.... faz parte. Sinto-me like Carie pensando alto, lendo e rindo, deixando o sexo e a cidade para quem entende. Algo acontece...um nome é dito, tudo é interrompido e as palavras se encerram. Abrirei com amiga e mãe e café e pão de queijo caaaaro o momento numerológico que definirá nosso futuro brilhante. E rico! Claro! Afinal, outros cafés virão, e isso tem um preço.

*E nada mais será caaaaaro..afinal, meu bem, caro também é relativo!

22 de jul. de 2009


Brrrrrrrr.....que arrepio ruim!

Olho sua imagem e ao menos a cor dos olhos ou da pele, ou nada posso ver...mas saber que vc está ali dentro....brrrrr....me dá tremedeira, um troço ruim. Não suporto mais você. Em sua homenagem deixo aqui aquele velho escrito em guadanapo que era a nossa cara e que mofava na minha carteira vermelha recordações...de presente para você, expurgado, cuspido, escarrado.


Certo dia escreveu num guardanapo épico com emblema clássico azul:

"É previsível como o movimento do mar, como a brisa que passa a língua na praia num fim de tarde. É previsível como a garça que se move lentamente, calma, paciente. É como o dia e a noite. É de se esperar como o infinito e o sufocante. É o nada, o vazio, o feio, chato, banal, dispensável, de-sin-te-res-san-te. É a sua cara. O bolor desagradável, insistente e imbecil dos dias, é ele assim, previsível como tu. Decepcionante? Nem tanto, pois já espero. É o gole do café que deixa o amargo. Você é o amargo. É a maresia que deixa o sal corroendo...corroendo. Você é o sal. É o falso doce, é o amargo do fim, é o gosto da boca que acaba de vomitar. Você previsível é isso.

E eu, o que sou? Sou o verme que consome esses seus restos chatos, incovenientes e sem classe. Hoje seu telefone não tocará.

Acho que é você, longe, chegando. Será que dá tempo de sair correndo antes que você me veja? Você dobra a esquina e some. Acompanho você em sensação e sentimento. Sei que você percorre do outro lado esse maldito quarteirão. Minha respiração acelera, conto o tempo que você dobrará a esquina, você se aproxima leve com sorrisos plásticos e eu inspiro o ar denso, sólido que você transforma quando vejo você. Você me faz tão mal. E eu te odeio e amo. Eu te odeio. Odeio você. Você passa mal e se derrete e te amo como nunca, como um santo, maldito redentor, um crucificado que oferece piedade e arrogância. Quero vomitar o ar denso e bolorento que você causa ao meu redor. Quero o sol imenso e o céu azul que você apaga quando de mim se aproxima."

(Pintura em caixa de ovo)
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Pandora e sua caixa tem invadido minha rotina...em casa, na rua, na tv, computador... elas sempre dão um jeitinho de exibirem-se para mim. Então lá vão minhas reflexões sobre ti e sua lenda para que páre de me perturbar e para que deixe de achar que minha fraqueza será como a tua.


A lenda de Pandora: Pandora filha de Zeus e suas lembranças que a fizeram se matar pois viveu 27 anos com memórias que não podia suportar. Aos 9 anos de idade recebe de presente do pai um colar usado por Prometeu ao cumprir pena por roubar o fogo dos deuses. Colocou numa caixa o colar presente do pai, sua mente e as lembranças do primeiro namorado, Narciso(tinha que ser ele né). A caixa poderia guardar todo tipo de bens exceto os materiais, e por essa razão o colar acabou se auto-destruindo. Pandora sentiu-se triste pois o colar tinha valor sentimental e como a caixa tinha função de recordar as lembranças de seu dono, ela sentia-se constantemente triste. Aos 36 anos matou-se pois não aguentava mais viver com aquelas lembranças. Sua caixa foi aberta por Epimeteu(irmão de Prometeu) liberando os males da humanidade - velhice, trabalho, doença, loucura, mentira e paixão - restando apenas a esperança. A "esperança" pode ser interpretada como a força de enfrentar os males com otimismo ou como o conhecimento dos males que virão(inclusive a morte) e a espera deles, o que seria insuportável ao homem.


De mim para ela: 9 anos é uma idade importante para nós duas não é mesmo mulher lenda? Sei bem como você deve ter se sentido ao perder o colar vindo de um homem que roubou o fogo dos deuses, algo tão valioso...como ele pôde? Essa idade marca a vida de muitas pessoas e prometo que ainda farei uma pesquisa sobre a razão dos 9 anos serem maravilhosos, mas também serem um imã para alguns maus específicos. Sobre o colar vindo de seu pai minha querida... essa relação entre filha e pai - todos Zeus, pode acreditar - é tema amplo e que toda psicanálise, filosofia e religião procuram explicações para algo que deveria estar somente nas lendas mitológicas, como a tua. De qualquer modo confio em Lacan e parto dele para explicar tudo que meu coração não aceita. Às vezes é mais cômodo fingir respostas satisfatórias só para não ficarmos sem resposta alguma. Um erro, eu sei. O consolo é que essa satisfação dura pouco e inevitavelmente precisaremos buscar o que é real. Sobre o primeiro namorado Narciso...ah, não preciso nem comentar não é mesmo. Mas bola para frente. E seus 27 anos de agonia...mulher lenda, não se preocupe. Mês que vem faço 27 anos de muitas alegrias e felizes escolhas, 27 anos de muita, muita força e muita vontade de ser alegre e feliz, anos de vitórias e de amores, de vida e de sorrisos, de plenitude e de buscas inspiradoras.


Pandora, minha caixa deve ser aberta para que eu possa descobrir a força que preciso para lutar, para ser vencedora da minha vida. Desejo abrir a caixa para que reste a esperança de que tudo fica bem e de que o futuro pode e sempre será modificado e criado por mim. Não sou passiva ao destino, modifico-o, transformo-o, não creio nele como fato. Ver o que há de mal, conhecer os espinhos do caminho é algo essencial para que nossas feridas sejam as menores possíveis. É preciso coragem, é preciso força, é preciso fé. Não sou lenda mulher querida, sou carne, osso e espírito, ou seja lá qual for o nome dessa energia que emanamos, vezes mais, vezes menos. Não recuarei, não retrocederei, não deixarei que incertas previsões tomem conta do que chamo de minha maravilhosa e radiante vida! Sou apaixonada por tudo o que existe, seja mal ou bem. Faço um cesto com meus braços interlaçados e levo pela história de meu existir todas as caixas que encontrar...e com elas ao final construo algo criativo e belo. Como eu, como você, como tudo que existe.

16 de jul. de 2009

COMPROU UM RELÓGIO NOVO PARA NUNCA MAIS, NUNCA MAIS PERDER A HORA DE SE LEVANTAR PARA A NOVA VIDA QUE ESCOLHERA.
POR DESCUIDO O RELÓGIO QUEBROU HORAS DEPOIS.
DANADA QUE ERA, CONSERTOU COM A PRÓPRIA SABEDORIA...E À MÃO.
Dois dias na presença do amor com seus braços e cheiros e ela desaprendeu a viver...esqueceu-se do que era a vida que levava.
Levantou-se pela manhã e fez um café como de antigo costume. " - Volte à rotina", disse ela a si mesma. Arrependeu-se antes mesmo da água ferver mas seguiu em frente convencendo-se que a vida continua, que aqueles dois dias foram apenas um sonho bom, férias da alma. Engoliu o amargo líquido escuro como se fosse piche, lama, pedra. Saiu logo cedo com o sol ainda frio, passos lentos como que perdida e guiada pelo inconsciente que a empurrava para mais um compromisso cotidiano. Comprou um maço de cigarros; parecia que não fumara por meses. Sentia-se limpa. A voz boa, cantava bem. Olhou as manchetes dos jornais e mais uma vez lembrou-se do amor e de suas conversas sobre atualidades. Ouviu duas mulheres falando de futebol e lembrou-se dele nervoso, feliz, vitorioso com seu time.
Passou por um homem e pediu:
- Uma bala. Não; chiclete.
O senhor olhou-a e perguntou:
-Tudo bem minha filha?
Ela respondeu que não muito , foi se abaixar para pegar e ele continuou:
-Não se arrie. Deixa que eu pego. Não leve o de menta. Leve o de melancia... É mais doce.
Ela: - Qual seu nome?
- Ricardo.
- Tinha que ser... É o nome do meu melhor amigo e do meu filh...ops,não, eu não tenho filho. Do filho que vou ter.
Ele a observava em silêncio e confuso.
Ela:- Então Ricardo, todos os dias que eu passar aqui direi para o senhor "bom dia Ricardo!".
Caminhou lentamente como que tonta e sem rumo adiando o lugar de parar. Sentou-se num banco com o cigarro aceso e o chiclete na mão e quis perder a hora ali, passar o dia observando o vai e vem das pessoas para ver se seu vazio se preenchia. Tudo lembrava o amor. A temperatura, os automóveis, o sol, o próprio corpo dela lembrava ele. Ele estava ali, nela, há poucos minutos. Caminhar com ele era ser turista de lugares conhecidos. Entrou no ônibus e procurou o fone de ouvido para escutar uma música, pensar em seus planos, sonhos, se distrair com o futuro criado. Não encontrou e lembrou-se que ele havia guardado para ela num lugar diferente: "- Pra não confundir com o meu". Achou bom não ter o fone pois ele estava num lugar que o amor guardou. Quis guardar sua vida num lugar escondido, para ele. Quis guardar seus sorrisos, a paz que sentia, seus beijos, gozos e carícias.
Conversou consigo mesma dizendo-se palavras de auto-ajuda, de otimismo e de fraca animação, mas sabia que a vida sem ele era incompleta, a vida com ele era bem melhor. Tentou, como de costume, passar o batom nos lábios carentes dele mas perdia o controle dos dedos até se borrar com um risco que parecia a cena de abandono do filme que nunca fez.
Passou o dia ocupada, trabalhando, oferecendo favores, esforços, doando-se, fazendo tudo que podia para ver se de alguma forma o tempo e o cosmos teriam compaixão e a fariam assim, tão feliz, por mais 24 horas... esses pensamentos terminam assim, como seu amor, incompletos, inacabados... sem fim ...

9 de jul. de 2009

Esse post é resultado de uma ligação dele, que tem me feito tanto bem. As palavras que estavam saindo ficarão para mais tarde...prefiro atender o chamado e ir vê-lo num banho de mar!
Xuxu
Xuxuzinho
Par de vasos
Minha uva
Meu vinho

2 de jul. de 2009


A paz tem a cor dos olhos da humanidade que vive bem, que fala de amor, que é generosa e que sabe conviver com as diferenças. A paz é a alegria disfarçada de cravo, é o amor disfarçado de açúcar, é a paixão disfarçada de canela. A paz é também sal. Sal do mar, do suor do amado, da criança que corre, da mulher que trabalha feliz. Beleza, perfume, lençóis banhados em tinta intensa, cores, vozes, prazer, satisfação. Ela é adaptação, é seguir em frente, é potencializar as soluções e não os conflitos. Paz é a luta onde se diverte pois é um prazer o esforço para si mesmo. Se esforçar para que a vida seja cada dia melhor para si e para os outros é a retina da paz, o fio de cabelo dela. O foco no que realmente importa, no que é muito maior, tão maior que nós que já somos imensos e infinitos....isso é um pouquinho mais.

O FOMENTO DA LÓGICA DO CONSUMO

É MAIS IMPACTANTE DO QUE O PRÓPRIO CONSUMO.