25 de jul. de 2009


Deu uma vontade de escrever em primeira pessoa, falar sobre isso que acontece que me acorda às 5h da manhã sem dizer-me qual o problema. Peço licença pela forma grosseira e individualista de escrever, mas agora quero palavras somente de mim para mim. Claro, compartilho-as com vocês....mas o que me importa agora é:

"Querido Diário"

Tenho voltado a ter pensamentos que acredito serem inúteis e que com certeza fazem mal ao meu coração. Tenho voltado a lutar contra memórias e criações utópicas de um mundo ideal com pessoas que esse músculo aqui do lado direito julga serem as ideais. Meu coração é burro. Pobre dele. Pobre de mim? É que eu ainda amo querido diário, é que ainda amo...eu sei...eu não devia. Essa minha incompetência em aceitar o que me custa tão caro. Lembro-me, querido diário, daquele papo metáfora sobre coca e pepsi e hoje no almoço que aquece esse coração - lazanha da mamãe - bebi dois copos gelados de pepsi ligth. Foi bom. Com esse antigo papo metáfora batendo à porta veio-me uma dúvida: será que a pespi virou coca e a coca virou pepsi? Ou será que eu realmente prefiro coca à pepsi? Será que eu prefiro pepsi querido diário? Tomara, seria tão mais fácil. O mais fácil para mim é o mais difícil para a maioria das pessoas. E vice-versa. Faz parte do viver..."Deus não dá asa à cobra"

Ai querido, às vezes aquece tanto fazer-me de burra e louca, fingir coisas e futuros só para fugir do que meus olhos e corpo não se acostumam. Às vezes querido, dá uma saudade daqueles lençóis, daquele sol pela manhã, daquela xícara esquisita, daquela cidade babilônica do isolamento, daquela ausência e presença. Mas eu penso em outra coisa e tudo passa. Mais ou menos ... né. Mas eu continuo tentando fazer isso passar, eu só não sei o que é real mais, o que é melhor, o que eu quero. Eu não quero mais sofrer tudo que sofri diário, e é disso o que mais tenho medo. Tenho sido acordada por meus pensamentos que nem chegam, sou cutucada por dedos fantasmas que deleitam-se em me perturbar. Mas bloqueio memórias, raciocínios, retorno ao sono pois a recusa de sofrer pelo que não tenho será o sonífero mais forte que eu poderei suportar. Ainda bem.

"SONÍFERA ILHA, DESCANSA MEUS OLHOS, SOSSEGA MINHA BOCA, ME ENCHE DE LUZ"

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