9 de set. de 2010


O amor. Amor daqueles de dar inveja, ou nem dar inveja de tão bonito que é, sabe? Inveja sente que não tem esse amor, que ainda busca, ou somente espera, ou desiste. Amor daquele que não acaba, não pára, só cresce, se torna firme e respeitoso, delicioso. Amor desses de novela, desses de gente da roça, de gente apaixonada, de mundo encantado, de quem acreditou quando todo mundo dizia que "não era bem assim". É um amor assim o nosso. É daqueles que a gente acorda e sabe que é feliz, sabe que tem sorte, sabe, só isso. Amor desse que a gente recebe, que a gente troca, que nos cuida. Porque foi dado, por isso retorna. Amor desses que a gente olha pra dentro e vê o que há nos cantos escuros, vê sem medo, de verdade, observa os escuros e procura a luz. Amor desses que inspira. Amor assim, que transforma a realidade, ou que aproxima a beleza, deixa ela pertinha da gente, é só pegar. Amor assim é pra contar, é pra dizer que existe. Amor assim é pra saber que tem e que pode aparecer no próximo segundo, ou daqui 10 anos. Não importa, sempre vale a pena saber que ele existe. Amor que faz a gente ser forte a ponto de saber que aguenta estar sem, porque amor assim nos faz agentes. Mas a gente não deixa porque não precisa, é bom, é paz. Amor assim é oração, é fato, é pele e é carinho, cuidado. Amor assim é diálogo. Amor assim é simples, é o que nos faz perder as formas e deixar fluir, deixar existir. É sem reservas, sem cegueiras. Amor assim é o que me faz escrever sem me preocupar, exercer alegre todas as licenças e permissões. Porque amor assim é esperança e, como tal, vem do jeito que vem e é sempre bom. Amor assim é decisão.

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