Sou acordada às 13h de domingo e juro que se não fosse por ele me acordando estaria na cama até agora. A cabeça dói, muito, a nuca está enrijecida e os olhos parecem pedras que sentem dor. Nada de álcool na noite anterior, somente bala de menta e homens e mulheres animados tentando vencer pela alegria e dança o tédio inesperado da expectativa nutrida. Penso sobre a tensão e o extremo cansaço e não consigo alcançar razões para isso, nem sonhos maus, nem noite mal dormida, mas talvez o trabalho do dia anterior. Deixa pra lá; pouco provável. Ele acorda animado, o que me faz pensar sobre a raridade de, logo eu, me levantar naquele horário, dormir tanto para quê? Eu que todos os dias estou de pé às 6h... estranho.
"- Alguma coisa acontece no meu coração", penso. Mas, o quê? As questões e crises de sempre estão lá, nada de anormal. Será que algum "hipopótamo disfarçado de camundongo" invadiu meus domínios e nem me dei conta? Melhor não pensar nisso agora, deixa para o mês que vem. Assusta qualquer mulher em fim de mês e seios doloridos da odiada menstruação a se aproximar a possibilidade de mais uma crise sentimental.
Pode ser a crise financeira de junho, a morte de Michael old-alone-friend, o segredo guardado, a expectativa audaciosa, a insatisfação, o amor...
O amor... escrevo mais uma vez essa combinação batida-blasé-piegas de artigo e palavra ambígua e suspiro pela falta súbita de ar... tenho certeza: alguma coisa acontece no meu coração. Ser mulher, esse ser sonhador réplica do conceito divino - sim, somos lindas - que suporta como nenhum outro ser vivo a rotina de lidar com a complexidade íntima das coisas simples. Faço um café amargo, bem amargo e forte, solúvel. Só para eu experimentar algo que odeio, saber o quanto ainda, realmente, odeio. De quebra um doce bom de comer para aliviar o amargo. Ser mulher é tomar café amargo com doce enjoativo. Só para equilibrar.
Ainda tenho sono, a cabeça já não dói após uma caminhada com ele.
Mas alguma coisa ainda me falta sufocantemente. Me falta muito. E sufocantemente.
"- Alguma coisa acontece no meu coração", penso. Mas, o quê? As questões e crises de sempre estão lá, nada de anormal. Será que algum "hipopótamo disfarçado de camundongo" invadiu meus domínios e nem me dei conta? Melhor não pensar nisso agora, deixa para o mês que vem. Assusta qualquer mulher em fim de mês e seios doloridos da odiada menstruação a se aproximar a possibilidade de mais uma crise sentimental.
Pode ser a crise financeira de junho, a morte de Michael old-alone-friend, o segredo guardado, a expectativa audaciosa, a insatisfação, o amor...
O amor... escrevo mais uma vez essa combinação batida-blasé-piegas de artigo e palavra ambígua e suspiro pela falta súbita de ar... tenho certeza: alguma coisa acontece no meu coração. Ser mulher, esse ser sonhador réplica do conceito divino - sim, somos lindas - que suporta como nenhum outro ser vivo a rotina de lidar com a complexidade íntima das coisas simples. Faço um café amargo, bem amargo e forte, solúvel. Só para eu experimentar algo que odeio, saber o quanto ainda, realmente, odeio. De quebra um doce bom de comer para aliviar o amargo. Ser mulher é tomar café amargo com doce enjoativo. Só para equilibrar.
Ainda tenho sono, a cabeça já não dói após uma caminhada com ele.
Mas alguma coisa ainda me falta sufocantemente. Me falta muito. E sufocantemente.
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